A evolução da tecnologia e da ciência no mundo fez com que a expectativa de vida aumentasse, e com isso a população idosa também cresceu. Segundo dados do IBGE, no Brasil, 13% da população tem mais de 60 anos e tudo indica que a partir de 2031 haverá mais idosos do que crianças e adolescentes. Os dados também mostram que em 2042 a faixa etária alcançará a marca de 57 milhões de pessoas.
O aumento da terceira idade reforçou a importância do mercado, e com isso muitas marcas começaram a mudar o foco de seus negócios para atender aos grupos demográficos 60+.
Um relatório de 2021 do The Washington Post mostrou que os baby boomers, geração recém-chegada à terceira idade, estão comprando on-line cada vez mais, se tornando o grupo que mais cresce nesse meio. Além disso, 52% dos entrevistados de mais de 65 anos preferem comprar pela internet.
A partir do estudo The Longevity Economy Outlook (Panorama da Economia da Longevidade), o chamado consumo prateado possui alto impacto no PIB americano, com 58% do PIB na área de construção, 48% nas finanças, 42% no lazer e hospitalidade e 41% nas vendas do varejo e atacado. Além disso, outras curiosidades foram reveladas na pesquisa, como o fato de que na América mais de 40% dos viajantes aventureiros possuem mais de 50 anos ou de que mais de um quarto dos membros do site de namoro match.com tem entre 53 e 72 anos, mostrando mais uma vez os idosos tomando espaço em várias esferas da sociedade.
Tendo em vista esses números, grandes marcas enxergaram o potencial desse mercado e
lançaram produtos e serviços voltados para o público. Tanto a plataforma Airbnb quanto o
banco Nubank revelaram um grande crescimento de usuários seniores, mesmo as duas
empresas sendo consideradas por muitos como extremamente jovens e voltadas somente
para esse tipo de público.
Apesar do consumo prateado ter crescido muito nos últimos anos, ainda existe um preconceito com esse grupo. Diante disso, muitas marcas saíram em combate ao etarismo, como a Nike, que lançou o tênis CruzrOne em vez de direcionar a comunicação para um “público idoso”, o modelo apresenta um conceito para pessoas que “correm devagar”, sem estereótipos. Outra ideia criativa foi o lançamento da Micropedia das Microagressões, criada pela empresa Zulu Alpha Kilo, que tem como objetivo conscientizar sobre frases consideradas prejudiciais, incluindo o preconceito etário como “OK, boomer” e “OMG, você é tão velho”.
É possível perceber que essa geração além de estar participando ativamente como consumidora, também se mostra antenada nas tendências sem estereótipos e de maneira independente.